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Conselho Regional do Algarve avança com criação de dois novos polos educativos

O Salão Nobre dos Paços do Concelho de Albufeira abriu as portas, na passada segunda-feira, 24 de outubro, ao Conselho Regional da CCDR Algarve para avaliar o ponto da situação quer do Programa Algarve 2030, quer dos investimentos na área da Saúde, bem como dos trabalhos no âmbito do Conselho Económico e Social, entre outros. “Mais de 40% do investimento é com foco estratégico na sustentabilidade, em todas as suas vertentes: competitividade, coesão e resiliência territorial, inovação das empresas e qualificação das pessoas”, sublinhou José Apolinário, numa mesa onde se fez acompanhar pelos autarcas de Loulé, Vitor Aleixo e de Albufeira, José Carlos Rolo, presidente e vice-presidente do Conselho Regional do Algarve, respetivamente. A esta sessão não faltaram os diversos responsáveis pelas delegações regionais, bem como de associações setoriais.

 

O Município de Albufeira recebeu na passada segunda-feira, a sessão do Conselho Regional do Algarve, uma das áreas orgânicas da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, para avaliar o ponto da situação do Programa Algarve 2030, dos investimentos na área da Saúde e dos trabalhos no âmbito do Conselho Económico e Social, entre outros. O Salão Nobre dos Paços do Concelho foi o palco desta sessão onde se explanou o sentido dos investimentos na região para os próximos anos, nomeadamente, do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e do Fundo Social Europeu (FSE).

O valor a ser investido no desenvolvimento da região por estes fundos comunitários é de 780 milhões de euros, gradualmente. Educação, Saúde e Inovação Empresarial foram alguns do temas apresentados pelo presidente da CCDR Algarve, José Apolinário. Porém, a maior parcela do valor será investido com o “foco estratégico na sustentabilidade, em todas as suas vertentes: competitividade, coesão e resiliência territorial, inovação das empresas e qualificação de pessoas”, referiu o presidente da Comissão.

José Apolinário apresentou o programa referindo os cinco eixos pela qual foi desenhado o investimento, destacando, o investimento de cerca de 368 milhões de euros com vista a fazer do Algarve uma área “mais verde e hipocarbónica”, enfatizando a necessidade do investimento em prol da promoção da descarbonização, da transição energética, da eficiência energética e da prevenção de catástrofes naturais.

A educação e qualificação de pessoas foi outro dos temas estruturantes da sessão, visto que, “no Algarve, só 22% dos jovens, entre os 18 e os 24 anos de idade é que têm qualificação superior, colocando a região sempre na cauda das tabelas do país”. Assim sendo, e com vista a diminuir esta acentuada diferença, “serão criados dois novos polos educativos, um em Gambelas, outro na zona do Barlavento, com um curso técnico superior profissional (CTESP), que valorizem a promoção da literacia e a capacitação digital”.

Relativamente à Inovação Empresarial e aos Investimentos I&D (Investigação e Desenvolvimento), “só estamos à frente da Madeira e dos Açores, colocando a região numa posição desfavorável quando comparada com resto do país”, afirmou o presidente da CCDR Algarve. “É preciso notar que as recomendações da OCDE, para os I&D, são de 3% do PIB, gerado a nível nacional, mas não é viável. Se com a união de esforços e com a manutenção do trabalho conjunto conseguirmos chegar ao 1%, pode afirmar-se que já é um resultado histórico”, revelou.

Na proposta apresentada há, igualmente, um projeto de construção de um centro oncológico, no Parque das Cidades (Loulé) e de uma rede de transportes públicos facilitadora da deslocação intermunicipal potenciadora da qualidade de vida na região.

José Carlos Rolo, presidente da Câmara Municipal de Albufeira, estreou a sessão de debate pós-apresentação e referiu que “para além da apresentação, faz todo o sentido a realização deste momento aberto e de debate, no sentido de entendermos as diferentes perspetivas de cada uma das entidades aqui presentes, cujo único foco é o desenvolvimento da região.”

Note-se que, a submissão para aprovação do Programa Regional do Algarve 2030 acontece no final do mês de outubro. A esta sessão não faltaram os diretores regionais das delegações do Governo, RTA e outras organizações setoriais do Algarve.

 

Ademar Dias

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