Cineteatro Louletano dá a conhecer propostas de julho
Em julho, o Cineteatro Louletano volta a apresentar uma programação eclética, muldisciplinar e a pensar nos vários públicos que mensalmente frequentam esta sala de espetáculos.
A 8 de julho, às 11h30 e às 17h00, há teatro dirigido a famílias, com a obra “Uma outra Bela Adormecida”, uma coprodução do Cineteatro Louletano. Trata-se de uma narrativa infantil de Agustina Bessa-Luís que revisita o original à luz dos tempos modernos e do humor mordaz da autora. Com encenação de Beatriz Brás e interpretação de Catarina Rôlo Salgueiro, a peça é acompanhada por música original de Martim Sousa Tavares (atual maestro da Orquestra do Algarve), interpretada com a colaboração de vários alunos do Conservatório de Música de Loulé – Francisco Rosado. “Uma outra Bela Adormecida” inclui ainda a projeção de animações e ilustrações originais de Francisco Lourenço.
A sessão das 17h00 disponibiliza o serviço de Audiodescrição, para cegos ou pessoas com baixa visão. O espetáculo está inserido nas comemorações do centenário de Agustina Bessa-Luís (1922-2022) e vai permitir que várias crianças do projeto Mud@ki E8G, um projeto de inserção social sediado em Almancil, assistam ao ensaio geral.
A 13 de julho, há dança com uma performance multidisciplinar e inclusiva, intitulada “Fora da Norma”, da autoria de Diana Niepce, que é também uma coprodução do Cineteatro Louletano. “Fora da Norma” resulta de uma residência e formação artística realizada em Loulé. A peça, que incluirá dois artistas locais, permite um encontro experimental em que se propõe o questionamento da norma e em simultâneo se desmistifica o corpo fora da norma, possibilitando o acesso a novas relações com a criação artística.
A 22 e 23 há “Livro de Pantagruel”, pelo Teatro do Elétrico. Uma nova dramaturgia criada por Ricardo Neves-Neves a partir de várias obras sobre o canibalismo, a antropofagia e a manipulação do corpo humano: Gargântua e Pantagruel, Hansel e Gretel, Sweeney Todd, Drácula, Dr. Frankenstein, A Mosca, entre outros. As obras são ligadas por um vasto repertório musical, transformado pelo pianista e compositor Filipe Raposo. No dia 22, a sessão é às 21h00, no dia 23 é às 17h00, com serviço de Língua Gestual Portuguesa para S/surdos (com “S” maiúsculo, são falantes de LGP) e Audiodescrição.
De 24 a 28 de julho, o Cineteatro Louletano e o Solar da Música Nova acolhem o Prémio Jovens Músicos RTP. Trata-se das provas finais da 36ª edição do Prémio Jovens Músicos, que este ano resulta de uma parceria entre a Antena 2 / RTP, o Município de Loulé, a Casa da Música e a Fundação Calouste Gulbenkian, com um total de 279 músicos inscritos.
As provas são públicas (entrada livre) e poderão ser também ouvidas em direto em streaming, num dos canais web da RTP. Mais tarde, os jovens músicos laureados nos recitais em Loulé apresentar-se-ão no Festival Jovens Músicos/Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, entre 27 e 29 de setembro, na companhia da Orquestra Gulbenkian e de outros agrupamentos convidados.
O mês fecha com uma formação que é já bem conhecida do público algarvio, que mais do que uma formação é uma experiência. Trata-se do iLab Mil Pássaros, pela Companhia de Música Teatral, que decorrerá no Auditório do Solar da Música Nova entre 31 de julho e 5 de agosto, em horário diurno. Como habitualmente, esta Formação Imersiva em Arte para a Infância termina com uma apresentação ao público no Auditório, dirigida a crianças e famílias, de entrada gratuita, no dia 5 de agosto.
Com uma programação de referência (que pode consultar no site e nas redes sociais do Cineteatro), recorde-se que o CTL está credenciado pela Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses, integrando ainda a Rede de Teatros com Programação Acessível e proporcionando espetáculos com interpretação em Língua Gestual Portuguesa para S/surdos (com “S” maiúsculo são falantes de Língua Gestual Portuguesa) e outros com Audiodescrição, para pessoas cegas ou com deficiência visual.
O CTL é uma estrutura cultural da Câmara Municipal de Loulé no domínio das artes performativas, e é também um dos promotores da Rede Azul – Rede de Teatros do Algarve e da Rede 5 Sentidos.
Cultura, Loulé